A Praia da Macumba, situada no Recreio dos Bandeirantes, tem uma história rica e fascinante no cenário do surfe carioca. No último Paradise Surf Games, a estudante de jornalismo Luiza Zubelli, estudante da PUC-Rio e moradora do Recreio, mergulhou na cultura local do surfe e registrou alguns momentos durante o evento. Em sua matéria, Luiza explora as raízes do surfe na região, a energia única do local e os depoimentos de quem faz parte dessa história. Confira abaixo a matéria completa de Luiza Zubelli, que representa um pedacinho do que é viver o surfe na Praia da Macumba:

“O Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, é um dos pontos de referência do surfe na cidade. A praia da Macumba, à direita da Pedra do Pontal, foi descoberta pelos primeiros surfistas cariocas na década de 70. Em vídeo para o Instagram, Rico de Souza, um dos embaixadores do esporte no Brasil, explica que o lugar tem esse nome por causa dos surfistas que pegavam onda ali naquela época. Como a urbanização ainda não tinha chegado até onde hoje é conhecido como Recreio, eles usavam as oferendas deixadas na praia como referência para saber onde havia as melhores ondas.

Foi a partir desse momento que o bairro, ainda inexistente, passou a ter influências da cultura do surfe. Os picos mais disputados no Rio de Janeiro são até hoje o Canto do Recreio e a praia da Macumba. Dono de uma escola de surfe no Recreio, Pedro Ribeiro, de 27 anos, relata que a maioria de seus alunos é da Zona Sul do Rio e de Niterói, o que revela a força do local como point para a prática do esporte.

● A galera prefere percorrer 40 minutos de trânsito para chegar e surfar na Macumba, porque é um lugar muito melhor que outros locais para aprender. O Recreio acaba sendo também de fácil acesso, amistoso, e tem bastante estacionamento por aqui. As ondas são desde o nível dos iniciantes até o avançado – conta Pedro.

O bairro também tem sido palco de competições nacionais e mundiais, como o Vans Duct Tape, o Rio Surf Festival e o ISA World Junior Surfing Championship, mundial de surfe amador que ocorreu em 2023.

Por esse motivo, o Recreio passou a ser reconhecido nacional e internacionalmente como o paraíso dos surfistas. Um exemplo disso é o Longboard Paradise, surf club que fica em frente à praia da Macumba e tem 60% dos hóspedes estrangeiros.

Com grandes nomes brasileiros no cenário internacional do surfe, como Gabriel Medina e Filipe Toledo, o presidente da Associação Recreio Surfe Clube, Dionísio Santos, reconhece que o número de praticantes do esporte tem crescido muito, principalmente no Recreio. Ainda de acordo com ele, por ter uma geografia privilegiada, com o lado leste (Canto do Recreio) e o lado sul (praia da Macumba), sempre há ondas suficientes para quem quer aprender a surfar.

● O Recreio, hoje, é a principal força (do surfe) no Rio de Janeiro. Se você fizer uma pesquisa, vai ver que os principais nomes do surfe fluminense e nacional vêm daqui. É muito importante, então, que a gente continue fazendo um bom trabalho para estimular essa garotada – diz Dionísio.”

Sobre Luiza Zubelli

Luiza Zubelli é moradora do Recreio e estudante de jornalismo na PUC-Rio. Sua paixão pelo Rio de Janeiro é irremediável, mesmo tendo morado fora e explorado diversos lugares pelo mundo. Curiosa, está sempre em busca de novas histórias e experiências. Acredita que o jornalismo tem o poder de transformar realidades, e busca usar essa ferramenta para fazer a diferença.

Esse é o relato completo de Luiza sobre o que faz do Recreio e da Praia da Macumba verdadeiros ícones do surfe carioca. Agradecemos à Luiza por compartilhar sua visão e enriquecer a história do nosso paraíso do surfe no Longboard Paradise!