Neste Dia dos Pais, o Longboard Paradise celebra não só o esporte, mas também as histórias inspiradoras que ele cria. Hoje, trazemos a jornada de Rayane Amaral, uma das grandes representantes do longboard feminino no Brasil e associada do Longboard Paradise, e seu pai. A relação deles é um verdadeiro exemplo de amor, apoio e superação, mostrando que o surf vai muito além das ondas.
Rayane Amaral e Seu Pai
Rayane não vem de uma família de surfistas. Cresceu na zona norte do Rio de Janeiro, longe das praias. “Minha família não é de uma família surfista, meu pai não surfava, eu não aprendi com meu pai.
Morávamos longe da praia”, ela relembra. O surf entrou na vida dela por acaso, através de uma proposta inusitada de seu pai. Ele prometeu ao irmão de Rayane uma prancha de surf se ele passasse de ano na escola. “Meu irmão passou de ano e quando meu pai foi fazer uma permuta de serviços, ele acabou pegando uma prancha pro meu irmão, uma pra mim e uma pra ele.”
Sem experiência alguma, a família foi para a praia, onde conheceram uma escolinha de surf e decidiram começar as aulas juntos. “Chegamos na praia sem a mínima noção do que fazer. A gente avistou uma escolinha e começamos todos juntos a fazer aula. Surfar.”
A transição de Rayane de iniciante a competidora foi rápida e intensa. Com apenas seis meses de aulas, ela já estava competindo no longboard.
O apoio do pai de Rayane foi fundamental em sua jornada. Ele a acompanhava em todos os campeonatos, ajudava a correr atrás de patrocínios. “Durante muitos anos ele me acompanhava, ele ia comigo para todos os campeonatos, ele corria atrás de patrocínio junto comigo, então meu pai sempre esteve muito presente no meu desenvolvimento do surf e na minha participação de eventos, campeonatos e tudo mais.”
Uma das maiores provas que enfrentaram juntos foi quando Rayane recebeu a proposta de participar de um programa no Canal Off”. Eu ficaria 60 dias num barco no meio do nada, no meio do Oceano Pacífico e atravessaria quatro países. Só que para eu poder ir para esse barco, até então eu nunca tinha viajado para fora do país, ou seja, eu não tinha passaporte e muito menos visto americano.”
A corrida contra o tempo para obter todos os documentos necessários foi intensa. “A gente começou uma corrida para tentar tudo isso em sei lá, dez dias, uma semana. E eu lembro que meu pai parou a vida dele pra poder me ajudar nisso.” A dedicação do pai de Rayane foi crucial. Ele adiou compromissos de trabalho e focou totalmente em ajudá-la a realizar seu sonho.
Neste Dia dos Pais, celebramos não só os heróis do surf, mas também os heróis que nos apoiam em cada etapa de nossas vidas. Rayane Amaral e seu pai são um exemplo de como o esporte pode unir e fortalecer os laços familiares. No Longboard Paradise, continuamos a apoiar e celebrar histórias como a deles, que nos lembram da importância do amor e da dedicação em todas as nossas jornadas.